Faço meu check-up ginecológico anual sempre no mês de setembro e neste ano não foi diferente... papanicolau, ultrassom de mama e transvaginal, mamografia e densitometria óssea. Tudo absolutamente NORMAL.
Comecei a fazer mamografia a partir dos 30 anos de idade, pois perdi minha mãe p/ um câncer de mama mau diagnosticado e mau cuidado, o que ocasionou metástase óssea e pulmonar, levando-a a óbito em 21/05/2008 aos 59 anos de idade.Com os exames normais em mãos, me tranqüilizei, mas as pontadas continuavam a me incomodar. Hoje sei que deveria ter repetido os exames em seis meses, mas confiei na informação do meu médico, que julgou não ser necessário.
A partir de março de 2011, meu mamilo esquerdo começou a coçar e a cada TPM, o seio começou a ficar mais denso e dolorido do que o normal... sempre o seio esquerdo, pois o seio direito era assintomático.
Na correria do dia a dia, deixei de lado, na verdade fugi da verdade, num medo paralisante de descobrir algo que meu corpo já sinalizava de forma agonizante.
Até então, não havia nódulo palpável e eu em minha ignorância julguei que estivesse tudo bem. Fui adiando a consulta médica na esperança de não ser nada de mais, mas meu coração estava apertado... memória celular... o corpo fala.
E veio julho/2011, exatamente um ano depois do primeiro sintoma, quando durante o banho senti um nódulo. Meu mundo caiu. Entre um compromisso profissional e outro, deixei que mais um mês passasse... em agosto meu mamilo rachou e começo a liberar uma secreção incolor. Daí bateu o desespero.
Finalmente agendei consulta c/ o meu ginecologista que ao me examinar me tranqüilizou dizendo que poderia ser apenas um fibroadenoma. Ufa... menos mau.
Fibroadenoma?
Ledo engano... já na clínica de diagnóstico por imagem, ao realizar a mamografia e o ultrassom de mama o médico me sinalizou a gravidade, pois pediu urgência em retornar ao meu médico, inclusive me antecipou os laudos p/ o dia seguinte, já sugerindo uma biópsia de mama.
Assim foi feito. Eu já tinha certeza do diagnóstico, sempre tive. Mas o medo paralisante retardou meu diagnóstico e início de tratamento, de modo que hoje, meu câncer de mama encontra-se em estágio intermediário. Ignorei a fase inicial, não soube ouvir o meu corpo. Deveria ter voltado ao médico muito antes... enfim.
Feito a biópsia, diagnóstico comprovado:
CARCINOMA DUCTAL NÍVEL 3.
Minha mensagem inicial é: MULHERES, OUÇAM SEU CORPO, PRESTEM ATENÇÃO AOS SINAIS E NÃO SE SINTAM CONSTRANGIDAS EM CONTRARIAR SEUS MÉDICOS.
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